domingo, 18 de maio de 2014

A vida duma criança com duas "mães"


Dito de forma simples, crescer com pais homossexuais foi muito difícil para mim, e não devido ao preconceito dos vizinhos. ... Quando a tua casa é tão drasticamente diferente das casas à tua volta, e duma forma fundamental que incide nas relações físicas básicas, tu cresces duma forma estranha. Não tenho qualquer tipo de desordem mental ou qualquer problema biológico; eu apenas cresci numa casa tão fora do comum que eu estava destinado a crescer como um pária social.

Robert Lopez
Os meus semelhantes aprenderam as regras de conduta implícitas e a linguagem corporal dentro das suas casas; eles entenderam o que era apropriado em certas situações e o que não era; eles aprenderam tanto os mecanismos sociais tradicionais masculinos como os femininos. Mesmo que os pais dos meus pares se tivessem divorciado, e muitos tinham, mesmo assim eles cresceram a observar modelos sociais masculinos e femininos. Eles aprenderam, de forma típica, como ser corajoso e inabalável por parte das figuras masculinas, e como escrever cartões de agradecimento e ser sensível por parte das figuras femininas.

Claro que isto são estereótipos, mas eles são úteis quando inevitavelmente se abandona o conforto do casa-reboque da mãe lésbica, e se tem que trabalhar para sobreviver num mundo onde toda as pessoas pensam duma forma estereotipada - até os homossexuais.

Eu nunca tive uma figura masculina a quem seguir, e a minha mãe bem como a sua parceira eram ambas totalmente diferentes dos pais tradicionais ou das mães tradicionais. Como resultado, eu tive muito poucas dicas sociais reconhecíveis a oferecer aos potenciais amigos e às potenciais amigas visto que eu nem era confiante nem sensível aos outros.

Sem surpresa alguma, eu raramente fazia amigos, e facilmente alienava os outros. Os homossexuais que crescem em casas com pais heterossexuais podem ter problemas com a sua orientação sexual, mas no que toca ao vasto universo social de adaptações não relacionadas com a sexualidade - como agir, como falar, como se comportar - eles têm a vantagem de aprender em casa. Muitos homossexuais não se apercebem da bênção que é ser criado numa família tradicional.

A minha casa não era tradicional e nem convencional. Devido a isso, eu sofri de formas que é difícil para os psicólogos classificar. Tanto nervoso mas frontal, mais tarde eu seria considerado estranho mesmo aos olhos dos homossexuais e bissexuais adultos que tinham pouca paciência para alguém como eu. Eu era demasiado estranho para eles, como o era para os heterossexuais.

A vida é difícil quando se é estranho. Mesmo agora, eu tenho muito poucos amigos e frequentemente sinto-me como se não entendesse as pessoas devido as dicas sexuais não-mencionadas que todas as pessoas à minha volta, mesmo os homossexuais criados em lares tradicionais, tomam por certo. Embora eu seja trabalhador e seja uma pessoa que aprende depressa, tenho problemas dentro dos ambientes profissionais porque os colegas de trabalho acham que eu sou bizarro.

Em termos de sexualidade, os homossexuais que cresceram em lares tradicionais beneficiaram do facto de pelo menos observarem alguns rituais de cortejamento à sua volta. Eu não sabia como me tornar mais atraente para as raparigas. Sempre que saia da casa-reboque da minha mãe, eu era imediatamente classificado como um pária devido aos meus maneirismos femininos, roupas estranhas, pronúncia defeituosa, e estranheza. Sem surpresa alguma, eu acabei a escola secundária sendo ainda virgem, nucna tendo tido uma namorada, e em vez disso, tendo ido a 4 bailes de formatura como um amigo próximo contador de piadas que apenas queria alguém que lhe ajudasse a obter uma limusine.

Quando entrei para a universidade, eu rapidamente activei os detectores de homossexuais (inglês: "gaydar") de todos, e o grupo lgbt da faculdade rapidamente caiu sobre mim, afirmando que estavam 100% certos que eu era homossexual. Quando eu me assumi como bissexual, eles disseram que eu estava a mentir e que eu apenas ainda não estava pronto para me assumir como homossexual.

O SUBMUNDO HOMOSSEXUAL

Assustado e traumatizado com a morte da minha mãe, deixei a faculdade em 1990 e caí no que só pode ser classificado de submundo homossexual. Coisas terríveis aconteceram comigo por lá.

Só quando tinha 28 anos é que subitamente dei por mim numa relação com uma mulher... Eu identifico-me como bissexual porqur seriam necessárias várias novelas para explicar o porque de ter acabado como "heterossexual" depois de quase 30 anos como homem homossexual. Não tenho vontade de lidar com activistas homossexuais a investigar-me da mesma forma que eles se envolvem e missões de "busca-e-destruição" contra os ex-homossexuais, "enrustidos", ou "homocons" [conservadores homossexuais].

Mark Regnerus
Embora eu tenha uma biografia particularmente relevante para os assuntos homossexuais, a primeira pessoa a entrar em contacto comigo, agradecendo-me por partilhar a minha perspectiva dos assuntos lgbt, foi Mark Regnerus num email com a data do dia 17 de Julho de 2012. Eu não fiz parte do seu estudo gigantesco, mas ele reparou num comentário que eu deixei num site em torno do estudo, e tomou a iniciativa de dar início a correspondência por email.

Já vivi 41 anos e ninguém - muito menos os activistas homossexuais - quis falar comigo de forma honesta acerca dos complicados tópicos homossexuais da minha vida. Só por esta razão, Mark Regnerus merece créditos - e a comunidade homossexual deveria agradecê-lo em vez de tentar silenciá-lo.

O estudo de Regnerus identificou 248 adultos que haviam sido educados por duplas homossexuais. Levados a dar uma resposta franca com a vantagem de já serem adultos, eles deram testemunhos pouco favoráveis em favor da agenda da igualdade do casamento [sic] homossexual. No entanto, os resultados tem o apoio duma coisa importante na vida chamada de senso comum: crescer duma forma diferente das outras pessoas é complicado e as dificuldades aumentam o risco da criança desenvolver desajustes  ou o risco de se auto-medicar com álcool e outros comportamentos perigosos. Sem dúvida que cada uma das 248 histórias humanas tinha muitas complexidades.

Tal como a minha história, a história destas 248 pessoas merece ser contada. O movimento homossexual está a fazer de tudo para que ninguém oiça estas histórias, mas eu preocupo-me mais com as histórias do que com os números (especialmente como professor de Inglês), e, sem ser a sua vontade, Regnerus deparou-se com uma narrativa preciosa como uma arca de tesouro.

Porquê, então, o código de silêncio por parte dos lideres lgbt? De onde me encontro, só posso especular. Valorizo muito a memória da minha mãe, mas não poupo palavras quando descrevo o quão duro foi crescer num lar homossexual. Estudos prévios examinaram crianças que ainda viviam com os seus pais [sic] homossexuais, e desde logo, eles não eram livres para falar, governados que estavam (tal como todas as crianças) por sentimentos de piedade paterna, culpa e medo de perder as suas mesadas. Por tentar falar de forma honesta, eu fui literalmente reprimido durante décadas.

SEXO DOENTIO LEVA A DOENÇAS

Especialmente prejudicial é a atitude liberal [esquerdista] de que não deveríamos fazer juízos de valor em relação ao sexo. No mundo homossexual de Bronx, eu limpei apartamentos suficientes de homens que morreram de SIDA para entender que resistir a tentação sexual é central para qualquer tipo de sociedade humana. O sexo pode ser prejudicial não só devido às infecções médicas, mas também porque nos deixa mais vulneráveis e mais susceptíveis de prendermo-nos emocionalmente a pessoas que não nos amam, de chorar aqueles que nos deixam, e de não saber como fugir daqueles que precisam de nós mas que nós não amamos. A esquerda política não entende nada sobre isto. É por isso que eu sou conservador.

As nossas crianças não chegam até nós com uma ficha limpa de imunidade legal. Embora eu seja bissexual, eu não posso lançar fora a mãe da minha criança como se ela fosse um incubadora usada. Eu tive que ajudar a minha esposa durante as dificuldades da gravidez e durante as dificuldades da depressão pós-parto. Quando ela batalha contra a discriminação contra as mães ou contra as mulheres nos locais de trabalho sexistas, eu tenho que ser paciente e escutar. Eu tenho que satisfazer as suas necessidades sexuais.

Mal eu passei  ser um pai, eu coloquei de lado o meu passado homossexual e fiz um compromisso de nunca me divorciar da minha esposa ou tomar outra pessoa - homem ou mulher - até morrer. Escolhi esse compromisso como forma de proteger a minha criança de lidar com drama prejudicial, até mesmo quando crescem e passam a ser adultos. Quando se é um pai, as questões éticas giram em volta da criança, e nós colocamos o nosso interesse próprio fora dos nossos planos . . . . para sempre.

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O facto dos líderes lgbt quererem censurar as pessoas que revelam a verdadeira natureza dos relacionamentos homoeróticos diz muito sobre a sua verdadeira agenda. Nenhuma ideologia do lado da verdade teme a livre circulação de informação.
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