quinta-feira, 16 de abril de 2015

DETONANDO OS CLICHÊS DO SOCIALISMO:" A Solução para a superpopulação é o controle populacional"

Por Walter E. Williams, 
Economista e Professor na George Mason University, Fairfax, Virginia.
Traduzido por Flávio Ghetti, originalmente publicado na FEE Foundation for Economic Education.
Legenda: NT – Nota do Tradutor
De acordo com um artigo da American Dream - Agenda 21 e Controle Populacional – escrito por Al Gore, há gente demais no mundo e isto tem um impacto negativo sobre a Terra. Aqui está o que o Fundo da Nações Unidas para População disse em seu State of World Population Report para 2009 (Relatório da Situação da População Mundial), “Encarando um mundo em mudança: Mulheres, População e Clima: Cada nascimento resulta não só em emissões atribuíveis a esta pessoa em seu tempo de vida, mas também as emissões de todos os seus descendentes. Consequentemente o acúmulo de emissões para os nascimentos pretendidos ou planejados multiplica-se com o tempo... Nenhum humano é genuinamente “carbono neutro”, especialmente quando todos os gases de efeito estufa são computados na equação. Entretanto, cada um é parte do problema, logo cada um deve fazer parte da solução de algum modo... Robustos programas de planejamento familiar são do interesse de todos os países pois gases efeito estufa preocupam tanto quanto amplo bem estar”. (NT: para mais informações sobre o aquecimento global e mudanças climáticas veja A farsa do aquecimento global, Climatologista e Professor Ricardo Felício)
Thomas Freedman em sua coluna do New York Times concorda, The Earth is Full (A Terra está Cheia), na qual ele diz: “O crescimento populacional e o aquecimento global elevam o preço dos alimentos, o que conduz à instabilidade política, que conduz à elevação dos preços do petróleo, que leva a uma elevação dos preços dos alimentos, alimentando um ciclo vicioso”.

Em seu artigo “What nobody wants to hear, but everyone needs to know” (O que ninguém quer ouvir, mas todos precisam saber) o professor de biologia da Universidade do Texas em Austin, Eric R. Pianka, escreveu: “Eu não desejo nenhum mal às pessoas. Entretanto, estou convencido de que o mundo, incluindo toda a humanidade, ESTARIAM CLARAMENTE MUITO MELHOR SE HOUVESSE MENOS DE NÓS”.
Porém, não há absolutamente nenhuma relação entre grandes populações, calamidade e pobreza. Os defensores do controle populacional deveriam considerar a República Democrática do Congo e sua escassa densidade populacional, com 75 pessoas por milha quadrada, como ideal, enquanto Hong Kong com 6.500 pessoas por milha quadrada seria problemática. Ainda que os cidadãos de Hong Kong desfrutem de uma renda per capita de $43.000, enquanto que a República Democrática do Congo, um dos países mais pobres do mundo, tem uma renda per capita de $300. Isto não é anormal. Alguns dos países mais pobres do mundo têm densidades populacionais muito baixas.

O Planeta Terra é equipado com espaço. Poderíamos colocar a população mundial inteira nos EUA produzindo uma densidade populacional de 1.713 pessoas por milha quadrada. Isto é de longe muito mais baixo do que existe agora em todas as principais cidades americanas. A população americana inteira poderia mudar-se para o Texas, e cada família de 4 pessoas teria mais de 2,1 acres de terra. Do mesmo modo, se a população inteira do mundo se mudasse para o Texas, Califórnia, Colorado e Pensilvânia, cada família de 4 pessoas desfrutaria de um pouco mais de 2 acres de terra. Ninguém está sugerindo que a população mundial inteira migre para os EUA, ou que a população americana se mude para o Texas. Menciono estas imagens para ajudar a colocar o problema em perspectiva.
Observemos algumas outras evidências sobre a densidade populacional. Antes do colapso da URSS, a Alemanha Ocidental possuía densidade populacional superior à Alemanha Oriental. O mesmo é verdadeiro em relação à Coreia do Sul versus Coreia do Norte, Taiwan, Cingapura e Hong Kong versus China, os EUA versus URSS e Japão versus Índia. Apesar de mais populosos, Alemanha Ocidental, Coreia do Sul, Taiwan, Cingapura,  EUA e Japão experimentaram grande crescimento econômico, padrão de vida mais alto, e maior acesso a recursos que suas contrapartes com densidades populacionais mais baixas. A propósito, Hong Kong virtualmente não possui setor agrícola, mas seus cidadãos se alimentam bem.
Alguém pode se surpreender porque ninguém ouve falar a respeito de profetas da desgraça que têm estado consistentemente errados em suas previsões. Não um pouco, mas muito errados. O Professor Paul Ehrlich, autor do bestseller The Population Bomb de 1968, previu a escassez de alimentos nos EUA, e que pelos “anos de 1970 centenas de milhões de pessoas passarão fome e morrerão”. Ehrlich previu a fome de 65 milhões de americanos entre 1980 e 1989 e o declínio da população para 22,6 milhões em 1999. Ele viu a Inglaterra em situação ainda mais desesperadora: “Se eu fosse um apostador, apostaria que a Inglaterra não existirá nos anos 2000”.
Em medida considerável, a pobreza nas nações subdesenvolvidas é diretamente atribuível a seus líderes seguirem o aconselhamento de “experts”. O economista sueco Gunnar Myrdal, ganhador do prêmio Nobel, disse em 1956: “Os assessores especiais dos países subdesenvolvidos que dedicaram tempo e trabalho para familiarizar-se com o problema … recomendaram todos que o planejamento central da economia é uma condição essencial, de fato indispensável, para a obtenção de progresso social e econômico nos países subdesenvolvidos”. (NT: Para compreender a impossibilidade do planejamento centralizado, veja Friedrich August von Hayek, O Uso do Conhecimento na Sociedade)
No auge deste mau conselho, os países subdesenvolvidos enviaram suas mentes mais brilhantes para as escolas de economia de Londres, Berkeley, Harvard e Yale, para serem instruídos no nonsense socialista a respeito de crescimento econômico. O economista Paul Samuelson, laureado com o Nobel, ensinou-os que os países subdesenvolvidos “não podem colocar sua cabeça para fora da água porque sua produção é tão baixa que eles não conseguem economizar nada para a formação de capital, pelo qual o padrão de vida poderia ser elevado”. O economista Ranger Nurkse descreve o “ciclo vicioso da pobreza” como a causa básica do subdesenvolvimento dos países pobres. De acordo com ele, um país é pobre porque ele é pobre. É evidente que esta teoria é absurda. Se tivesse validade, toda a espécie humana ainda estaria habitando cavernas, porque fomos todos pobres em alguma época e a situação de pobreza não inescapável.
Os controladores populacionais têm uma visão Malthusiana do mundo, veem o crescimento populacional superando os meios para que as pessoas cuidem de si mesmas. A inventividade humana tem provado que os Malthusianos estão completamente errados. Como resultado podemos cultivar progressivamente maior quantidade de alimentos em menos e menos terra. A energia utilizada para produzir alimentos, por dólar do GDP (PIB , tem estado em acentuado declínio. Estamos obtendo mais com menos, e isto aplica-se à maioria dos insumos que usamos para bens e serviços.
Pondere a seguinte questão: Por que é que a espécie humana hoje desfruta de celulares, computadores e aviões mas não desfrutava nos tempos em que o rei Luís XIV estava vivo? Afinal os recursos físicos necessários para produzi-los sempre estiveram ao nosso redor, mesmo quando os homens das cavernas andavam sobre a terra. Há apenas uma razão pela qual nós desfrutamos estes bens hoje mas não em épocas passadas. É o crescimento do conhecimento humano, inventividade, especialização e comércio – aliado a direitos de liberdade individual e propriedade privada – que guiaram a industrialização e a melhoria. Em outras palavras: seres humanos são recursos extremamente valiosos.
Aquilo que chamamos de problemas de superpopulação resulta de práticas governamentais socialistas que reduzem a capacidade das pessoas em se educar, vestir, morar e alimentar. As nações subdesenvolvidas estão cheias de controle de cultivo, restrições à importação e exportação, licenciamento restritivo, controle de preços, graves violações dos direitos humanos, isto encoraja suas pessoas mais produtivas e emigrarem e reprime a produtividade daqueles que permanecem. A verdadeira lição anti pobreza para as nações pobres é que a rota mais promissora para fora da pobreza, em direção à maior riqueza, é a liberdade pessoal e seu principal ingrediente: governos limitados.
NT: chamo a atenção do leitor para o artifício retórico utilizado a larga pelos sofistas materialistas de esquerda: observe como eles “coisificam” os seres humanos. Ao invés do indivíduo, pessoa humana concreta, o terror climático refere-se a “emissores de gases”, dados computados numa equação. Isto é permanente em seus discursos e práticas, é o que levou Stalin a dizer que “a morte de uma pessoa é uma tragédia, mas a de milhões é uma estatística” e ainda a matar 60 milhões de pessoas(!!!). Contudo não pense que tal fato tenha efeito apenas no discurso, de tanto ouvir falar a coisa vai se “normalizando”, até que por fim ninguém mais se importa. É assim que o aborto transforma-se em “direitos reprodutivos das mulheres”. Não é de espantar que essa gente tenha por “ídolos” gente do naipe de Mao Zedung, Stalin, Lenin, Guevara, Fidel e tuti quanti. Todos genocidas camuflados sob o manto de protetores da humanidade. Atente ainda para o fato irrefutável de que os “doutores” que fazem previsões climáticas alarmantes para daqui há cinquenta anos são os mesmos que não conseguem saber se choverá na próxima semana.

Uma outra questão martelava-me a mente enquanto traduzia o texto, como que um exercício de “descoisificação”. E se tais políticas de restrição populacional, assim de modelo chinês, com um filho por casal, estivessem em “uso” no passado? Você, leitor, é primogênito? Mas além (talvez) de sua excelsa pessoa, de quais outras "emissões" eles teriam nos “livrado”? Numa rápida pesquisa no google levantei alguns dados que podem ser interessantes: Gutenberg, cuja “modesta” invenção limitou-se a divulgar maciçamente a informação e a educação, foi o caçula de três irmãos. Alexander Graham Bell foi o segundo de três filhos. Thomas Edison, aquele de mais de mil inventos, o caçula de uma família de sete. Steve Jobs foi adotado, certamente não pelo tipo de mentalidade de que “o mundo estaria melhor com menos de nós”. Será que apenas um dos irmãos White teria, sozinho, nos legado a aviação? Você, talvez, numa bravata patriótica, não aceite-os como os pais da aviação, tudo bem. Santos Dumont foi o sexto de oito irmãos e Henry Ford foi o segundo de nove. Tomás de Aquino, a quem devemos muito, senão quase tudo, do pensamento lógico e racional (saudável! Não este racionalismo materialista estúpido que os “doutores” propagam com tanto alarde) foi o sétimo de oito irmãos. Alexander Fleming também foi o sétimo de oito irmãos, e Albert Sabin nasceu numa família de quatro filhos. Quanto “vale” o nascimento e a subsequente realização de uma vida de alguém como Sabin ou Fleming? Se você pensa que não dá para calcular, eu concordo prontamente. Como ensina magnificamente Olavo de Carvalho, a cosmovisão Cristã nos diz que uma só alma imortal é maior que o universo material inteiro. E é por este motivo que os Cristãos defendem o direito de nascer e viver inclusive para seus inimigos, enquanto a estupidez materialista defende, embora disfarçada em adornos palatáveis e lustrada estupidez, a auto aniquilação da humanidade.

Flávio Ghetti.

Um comentário:

  1. fato...estas idéias de esquerda foi enviada para o governo americano na guerra fria,foi a exigencia do exercito vermelho para impor o marxismo na américa,que até entao era extrema direita....

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

ShareThis