Na sua tentativa de avançar com o pseudo-casamento homoerótico, os
defensores do homossexualismo perguntam de que forma é que tais
"casamentos" irão afectar de forma pessoal a vida daqueles que não
concordam com ele. Esta pergunta é relevante, e acredito a resposta a ela tem analisar duas
áreas.
Preocupações Filosóficas
De que forma é que um assassinato que ocorre num outro estado, num
estacionamento para trailers e entre duas pessoas que não
conhecemos e que não conhecem ninguém que nós conhecemos, nos irá
afectar pessoalmente? Não irá; mas só porque não nos irá afectar
pessoalmente não quer dizer que podemos ignorar as questões morais
associadas ao assassinato e não condenar esse acto. O assassinato é
moralmente errado, e quando uma lei moral é violada, nós somos de uma
maneira ou outra afectados; e nós sabemos que se tais actos aumentarem,
a sociedade será afectada, independentemente do lugar onde nos
encontremos.
Não estou de maneira nenhuma a comparar o "casamento" homoerótico
com o assassinato (e a colocá-los ao mesmo nível moral) mas sim a
alterar por alguns momentos o foco da questão para algo que nós todos
sabemos ser moralmente condenável como forma de demonstrar que, mesmo
que algures pelo mundo ocorra uma acção que não nos afecta directamente
(por exemplo, o assassinato), nós devemos condená-la visto estar
errada. O assassinato é uma preocupação moral, e tal como o "casamento"
homoerótico, nós temos que nos preocupar com as suas implicações
morais, quer nós sejamos pessoalmente afectados ou não no momento.
No entanto, algumas pessoas podem afirmar que o "casamento"
homoerótico não é uma questão moral mas sim uma questão centrada nos
direitos civis. Embora alguns defensores do "casamento" homoerótico
agitem a bandeira dos "direitos civis" como forma de apoiar a sua causa
- o que eu acho impróprio - os pseudo-casamentos homossexuais estão estão
rodeados de questões morais: fidelidade, promessas, amor, apoio,
compromisso, sexo, etc.
Para além disso, os direitos civis baseiam-se em direitos morais:
está moralmente errado prevenir alguém de ter um emprego, comer num
restaurante, ou usar casas de banho públicas devido à cor da sua pele.
De igual modo, a união entre duas pessoas numa cerimónia pública onde é
reconhecido pelo resto da sociedade o compromisso emocional, sexual e
de fidelidade entre elas é também uma questão moral. Se discordas,
então tens que demonstrar como é que tal compromisso público não é uma
questão moral.
Quando olhamos outra vez para a questão, podemos ver de modo
implícito um padrão moral, nomeadamente, que a moralidade é determinada
pela forma como as pessoas são pessoalmente afectadas. Mas uma coisa
não está certa ou errada apenas e só devido ao efeito que uma acção
pode ter sobre uma pessoa. Algo está certo ou errado porque existe uma
natureza inerente das verdades morais. Por exemplo, está errado
assassinar.
Está errado torturar bebés como forma de obter prazer
sádico. Está errado dividir a sociedade com base na cor da pele. Está
errado prometer fidelidade, compromisso e amor ao nosso "parceiro" de
casamento, e mais tarde violar esse compromisso. Está errado odiar
alguém sem motivo. Está errado desejar a morte de alguém apenas e só
porque não se gosta da cor da sua pele.
Se a moralidade fosse determinada pela forma como as pessoas são
afectadas, então a moralidade seria algo baseado nos efeitos, nas
circunstâncias e nos gostos pessoas - mas só quando eles fossem expressos
e não quando são só sentidos. Mas isto é problemático porque se eu
acredito que o "casamento" homoerótico está errado, será que ele está
errado simplesmente porque eu assim acredito? Será que estou moralmente
certo? Ou será que não há valor moral algum nessa crença? Se por acaso
defendes que não há valor moral na mera crença, então odiar alguém com
base na cor da pele ou "orientação sexual" não está errado, pois não?
Vês agora como a moralidade baseado "apenas" na forma como alguém é
afectado está cheia de problemas? Esta posição ignora os motivos e diz que os motivos
malignos não estão errados até que alguém opera com base neles.
Se por acaso negas que existem verdades morais intrínsecas, então
não há nada de errado com o ódio, a raiva, a luxuria, a cobiça, o
preconceito, etc., desde que estes sentimentos não sejam expressos. Mais
uma vez, se não existem valores morais intrínsecos, então por favor
encontrem uma excepção para a frase que diz que está sempre errado torturar
bebés por prazer. Se não és capaz, será que não estás a admitir que os
absolutos morais existem - em relação aos quais nós todos temos que
responder visto que isso implica um Doador da Verdade? Mas estou a
divagar.
O "casamento" homoerótico centra-se em duas coisas: amor e sexo.
Certamente que os homossexuais alegam ter amor uns pelos outros, mas
eles também têm relações "sexuais" uns com os outros. Na minha opinião, este segundo ponto é a força motora por trás da sua redefinição
do casamento. Pensem nisto: homosSEXualismo. Sim, sabemos que é apenas
uma palavra, mas isto leva-nos às preocupações prácticas visto estas
estarem relacionadas com o sexo - exactamente aquilo que a comunidade
homoerótica tirou do armário/dos quartos, e trouxe para o esfera
pública.
Preocupações Prácticas
Se uma dupla homoerótica se "casa" do outro lado do mundo,
isso não me afecta - mas isso não quer dizer que não seja uma questão
moral. No entanto, se uma dupla homoerótica legalmente se "casa" no
país onde vivo, isso afecta-me. Primeiro, este artigo é o resultado de
questões levantadas por dois apoiantes do "casamento" homoerótico. Fui
afectado, e como resultado, estou a escrever este artigo.
Segundo, a redefinição do casamento para fora do promissório vinculo
público de um homem com uma mulher afecta a sociedade como um todo
visto que ela fundamenta-se na unidade familiar onde o casamento é o
contracto legal de fidelidade e compromisso através do qual crianças
são trazidas ao mundo.
Terceiro, ao redefinirem o casamento para além de um homem e uma
mulher, e onde onde a relação sexual normal pode ocorrer, o absoluto
do relacionamento marital homem-mulher é destruído e a
permissividade sexual é encorajada. Isto abre a porta a mais
redefinições das relações familiares e sexuais. Tomemos como exemplo o
simpósio de 2011 com o nome "Living
in Truth and Dignity", que decorreu em
Baltimore, Maryland do dia 17 de Agosto. Nele, a pedofilia foi
redefinida como "pessoas atraídas a menores", e o simpósio buscou
formas de levantar preocupações em torno da forma como o DSM 1
considera isso uma desordem mental.
No decorrer do simpósio, uma das palestras tinha o título de "Descriminalizando os Conceitos da
Desordem Mental - A Pedofilia como Exemplo" ["Decriminalizing
Mental Disorder Concepts--Pedophilia as an Example.], e ela foi
apresentada por John Z. Sadler,
M.D., Professor de ética médica e psiquiatria (UT Southwestern Medical
Ctr., Dallas, TX) 2
Será que isto é um precursor de mais "reconsiderações" sexuais num
mundo em mudança onde a permissividade sexual na forma do comportamento
homossexual busca agora aceitação através da redefinição do casamento,
de modo a que se possa esconder dentro das suas paredes sagradas e obter
aceitação social? Convém perguntar se tal simpósio teria obtido algum embalo
se a fidelidade do casamento tradicional tivesse permanecido intacta e
com ela a santidade da sexualidade que o casamento providencia. Não
vejo como. Com a redefinição dos papéis sexuais e dos parceiros
matrimoniais, o dique que suporta o dilúvio da imoralidade está a
rachar.
Quando a porta de redefinição do casamento é aberta, uma série de
obscenidades imorais sexuais podem entrar. Quando e como é que voltamos
a fechar a porta outra vez? Será depois da pedofilia ser aceite pela
sociedade? E o que dizer da poligamia, da poliandria e dos poliamorosos?
Sem uma declaração concreta de que o casamento é entre um homem e uma
mulher, com a união sexual biologicamente construída que está
protegida dentro do casamento, então vale qualquer coisa - pedofilia,
bestialismo, necrofilia, identidade de género, e muito mais.
Filosoficamente, isto pode levar a profundas ramificações morais na
sociedade; e quando a moralidade muda, a sociedade muda e todos são
afectados.
Tal como a história frequentemente demonstrou, quando a moralidade
duma sociedade entra em declínio, os malignos prosperam e estes
rapidamente voltam a sua atenção para os moralmente conservadores,
perseguindo-os ferozmente. Isto já está a acontecer aqui nos Estados
Unidos onde as pessoas que se atrevem a dar uma opinião contrária à
posição politicamente correcta em torno do pseudo-casamento homoerótico
são despedidas, ridicularizadas, e/ou qualificadas de "intolerantes".
Isto faz com que outras pessoas, eu incluindo, fiquem cautelosas em
torno do que dizem, não se dê o caso dos Camisolas Castanhas 3
da agenda homossexual nos denunciem e nós sejamos punidos apenas e só
afirmamos que o "casamento" homoerótico está errado. E nem pensem que
isto não acontecerá porque já está a acontecer.
- 1.
Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders of the American
Psychiatric Association
- 2. http://b4uact.org/science/symp/2011/program.htm
- 3.Os Camisolas Castanhas eram os informadores do partido Nazi Alemão que usavam violência para silenciar todos aqueles que se opusessem a Hitler.
Em defesa da família e do casamento tradicional
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=77IPmVRPfwI
Equipe Veritatis Splendor.