segunda-feira, 16 de junho de 2014

Os Homens do Faroeste: Valores Masculinos Através de Filmes



Fonte [*]

Os Indomáveis (2007)
Na época do desbravamento do oeste americano, principalmente entre 1860 até o fim do século, um herói poderia surgir de uma pequena história que percorre grandes distâncias. Um homem podia se tornar uma lenda atirando em outro homem pelas costas, apenas para ser reconhecido como “o gatilho mais rápido” porque um bêbado viu o ocorrido de um ângulo errado, ainda assim seria referido como um homem bravo ou poderoso por causa de boatos.

O surgimento das “lendas” é um tema bem influente e bastante usado em filmes de faroeste, até os dias de hoje com o lançamento de 3:10 to Yuma, dirigido por James Mangold, um filme sobre um homem que está tentando provar seu valor para sua família e para si mesmo. Essa fórmula atua como uma trama central em diversos filmes de faroeste, com homens “construindo a sua própria reputação” e então a discussão do quanto de verdade há em suas histórias, o quanto suas vidas eram honestas, e o que garantiu seu lugar na memória dos outros que conviveram com eles.

No entanto, isso também é uma demonstração em potencial do que é ser homem em tal situação — o que é respeitado e o que é temido na época da história é sempre usado como pano de fundo de um personagem nesses contos. Servindo ao propósito da discussão do que caracteriza um homem, os filmes de faroeste são o parametro perfeito para revisar o que um homem da sociedade moderna, da época de lançamento do filme, é ou foi.

Roger Ebert, um conceituado crítico de filmes do Chicago Sun Times, escreveu uma resenha para o remake do clássico do faroeste de 1957, 3:10 to Yuma (esse feito em 2007), elogiando-o muito e lhe deu quatro estrelas. Ele afirma que “em tempos difíceis, os americanos sempre se voltam para o faroeste para acertar o compasso. Tempos dificílimos, pedem um ótimo filme de faroeste.”

Devido ao fato da maioria dos filmes de faroeste focarem em protagonistas masculinos, essa bússola moral pode ser um norte para jovens e idosos que os assistem, e ser a fonte das idéias de masculinidade predominantes de seu tempo. Essa afirmativa fornece a idéia de que os filmes de faroeste passam valores morais, e ajudam a estabelecer um protótipo para um homem basear sua idéia de masculinidade, a idéia de quais são as obrigações de um homem, quais são as suas responsabilidades como homem, e o que ele deve fazer em termos de violência para proteger os mais fracos que ele, exceto em momentos de dilema moral.

Os filmes seguintes são usados para demonstrar a idéia do faroeste no imaginário popular da masculinidade durante certos períodos nos Estados Unidos e sua relevância histórica. Muitos dos melhores filmes de faroeste funcionavam como contos de moralidade [e virtude] para homens de todas as idades, estrelado por grandes heróis do cinema como Gary Cooper, Jimmy Stewart, John Wayne e Clint Eastwood. Os 3 filmes utilizados nesse ensaio que foram estrelados por esses homens são High Noon, The Man Who Shot Liberty Valance, e The Outlaw Josey Wales. Estes filmes serão utilizados como modelos para o arquétipo, e para fomentar a discussão sobre a forma como a imagem masculina se aplica a época em que foi feito o filme.

Matar ou Morrer (1952)
Contrário as denotações óbvias de que “o que usa o chapéu branco é o mocinho, o que usa o chapéu preto é o vilão,” os homens dos filmes de faroeste tendem a ser personagens relativamente complexos os quais amadureceram enquanto o seu tempo na indústria cinematográfica prosseguiu — anos mais tarde o uso do chapéu preto pelo mocinho ajudava a ressaltar a sua natureza de anti-herói. Normalmente há três variações de herói e de sua situação. A primeira seria um homem com o mesmo nível de habilidade que seus antagonistas, protegendo as pessoas do seu vilarejo de seus inimigos, como em High Noon, um filme feito em 1952. Esse primeiro homem seria o de “chapéu branco.”

Situado em uma pequena cidade no Sudoeste à beira da guerra civil, o xerife Kane, interpretado por Gary Cooper, é um homem de muita responsabilidade. O que lhe falta em covardia ele compensa em idade, ele está ficando velho demais para esse negócio e sua nova esposa, uma jovem Quaker, quer que ele largue suas armas por bem e deixe a cidade com ela para viverem uma vida pacífica. Ele volta à cidade [quando estava quase livre das responsabilidades como xerife] na véspera de sua lua de mel para proteger os civis covardes de uma gangue de bandidos arruaceiros e violentos empenhados em obter vingança. Há um conflito pessoal entre Kane e o chefe da quadrilha, um bandido [chamado Frank Miller] que retornou a cidade após ter sido expulso , mas o foco principal é sobre a dedicação de Kane pela lei e “seu povo.”

Este filme é uma definição clara do arquétipo do homem da lei – um enfoque raramente explorado nos filmes ocidentais após a década de 1950. Estes filmes de faroeste foram produzidos quando o próprio país era um lugar de conformidade, fortes valores familiares, e um consenso de “excepcionalismo moral.” Este último objetivo moral deve ser destacado neste filme especificamente, pois Kane não iria fugir da responsabilidade, como ele expressa veementemente no filme, até mesmo quando as pessoas que ele desejava proteger o mandam ir embora da cidade, especificamente a cena em que Kane está tentando recrutar muitos dos habitantes de uma só vez na Igreja da cidade. Há um argumento entre os habitantes sobre a necessidade de que cada um se preocupe consigo mesmo e ignore os problemas atuais crescentes em sua própria cidade. Kane se recusa a aceitar que é assim que as coisas devem ser, e mantém sua palavra de proteger a cidade. O desejo de se manter em seu posto em nome da honra e da justiça é o tema principal nesse filme, levado até o limite com o abandono que o xerife sofre quando o resto da cidade se recusa a aderir sua causa. High Noon é um aviso dos perigos de ser permissivo com os crimes, sejam eles domésticos ou internacionais. Em um dado momento, há poucas pessoas dispostas a fazer o que é correto — a força da alegoria reside no internacionalismo, nos Estados Unidos como uma espécie de polícia mundial de última instância.

Will Kane é como os Estados Unidos que vai até ONU suplicar por ajuda para deter o avanço do comunismo, tem seu pedido negado, e acaba tendo que se virar sozinho para resolver a questão por ser a coisa certa a se fazer. O xerife Kane retrata sua masculinidade, a sua necessidade de ser um homem de convicções, de forma clara e objetiva neste filme, que termina com ele enfrentando os bandidos sozinho, e derrotando todos eles praticamente sozinho. É claro que este filme deve ter demonstrado alguma forma de liderança e dominação masculina, como era o filme mais assistido na Casa Branca, entre 1954 a 1986. Para esclarecer sua proeminência dessa declaração, o filme ganhou quatro Oscars, incluindo Melhor Filme e Melhor Ator (para Gary Cooper). Isso mostrou o poder da propriedade como uma forma de comunicar a sua mensagem para o público alvo, o que claramente teria sido muito mais ineficaz se o herói principal fosse desagradável em sua necessidade masculina de ser dominante e no controle de seu próprio destino.

Outro fator extremamente notável em termos de masculinidade em High Noon não é a batalha de Kane com seu antagonista, mas com as duas mulheres do filme que tentam convencê-lo a ficar ou sair da cidade. Tem sido documentado que há duas contrapartes femininas específicas para um herói masculino em um faroeste: a mulher loira, uma gentia que deseja a paz, requer uma grande quantidade de proteção e que representa a civilização, e a mulher morena que é a ligação do herói a uma natureza mais selvagem. Em High Noon, esta dualidade feminina é representada com precisão pela nova esposa de Kane, Amy, a qual os habitantes da cidade lhe dizem para “considerar” em sua decisão de ficar e lutar ou sair e viver, e sua ex-amante, a mulher mexicana Helen. Amy implora para ele deixar a cidade e fugir com ela, e desistir de qualquer forma violenta, mesmo que os seus fins sejam para a proteção ou a resolução de problemas. Ela ameaça deixar a cidade no trem do meio-dia, com ou sem ele, caso ele não a procure. Helen, seu antigo caso amoroso, explica em uma conversa com o assistente de Kane, e mais tarde a Amy, como Will Kane é mais homem do que qualquer um na cidade para cumprir seu dever e recusar-se a deixar a cidade por vontade própria, e que além disso, se ele morrer, a cidade morre com ele. Enquanto suas tentativas de reunir outros moradores em um destacamento para proteger a cidade, em um nível mais alegórico para definí-lo como um herói abandonado, seu conflito com sua nova esposa e o contraste dado por Helen Ramirez ajuda a definir o que o coloca no molde de um “homem.” Seu heroísmo é fortemente sentido o suficiente ainda para que, com a ajuda das palavras de Ramirez, Amy decidisse ajudá-lo na batalha final, auxiliando-o brevemente no tiroteio e indo contra seu próprio dogma. Os dois personagens terminam por sair da cidade, em um ato de desprezo.

O faroeste continuou a evoluir, e em 1962 estavam sendo explorados outros tipos de “heróis.” The Man Who Shot Liberty Valance, que estreou no mesmo ano, é um sólido ponto de ruptura entre o representante da lei, seus impulsos violentos e sua necessidade de se fazer cumprir a lei.

O Homem que Matou o Facínora (1962)
Estrelado por dois dos principais atores mais famosos da época, The Man Who Shot Liberty Valance se trata de dois tipos muito diferentes de heróis. Neste filme, uma outra variação do herói de filme de faroeste pode ser visto não especificamente em qualquer personagem, mas ao longo das interações entre os dois personagens principais. Esta variação é composta por um homem que tenta proteger a cidade, apenas para enfrentar sua própria destruição através de sua perda de conexão com a civilização em evolução, semelhante ao Kane em High Noon, ou morte. O que o torna mais relevante neste filme é que há uma noção do “fim de uma era,” com o personagem violento cuja habilidade selvagem é rejeitada pelas pessoas da cidade no final, e o personagem que é contra a violência em geral, acaba recorrendo a ela para se salvar. Este filme apresenta-se como uma exaltação as tradições culturais, estabelece as bases para a necessidade de glorificar o passado da história dos Estados Unidos, em vez de embarcar nos delírios da contracultura dos anos 60.

Marcando o final dos filmes de faroeste do pós-guerra, este filme dirigido por John Ford foi o último do gênero que fez até sua aposentadoria, pendurar as chuteiras e tentar aceitar que as pessoas discordavam das idéias de uma guerra violenta para resolver os seus problemas, ainda que estivessem sob a ameaça de um conflito armado inevitável e o medo resultante disso.

O personagem de John Wayne, Tom Doniphon, é parte de uma raça de herói em extinção, o homem armado da fronteira. Ele não chega a impedir o progresso, mas ele espera que com o uso de uma arma para resolver problemas não terá de se juntar ao modernismo da sociedade, refletindo precisamente sobre o fim dos heróis da Segunda Guerra Mundial e a visão deles sobre o “progresso.” O outro personagem é um advogado iniciante chamado Ranson Stoddard, interpretado com naturalidade por James Stewart, que demonstra a necessidade de ser civilizado e afastar-se da violência para resolver problemas, mas no final das contas continua “corrompido” ao usar uma arma para salvar a própria pele. Apesar de recorrer a violência no final, ele pertence a um grupo conhecido como “pioneiros,” homens que buscam transformar o ambiente selvagem — ao invés de se integrar a ele — em uma nova ordem social. Stoddard maravilhou a cidade com a criação de um curso de alfabetização, chegando ao ponto de educar um negro chamado Pompey que era o braço direito de Tom Doniphon. Sua finalidade em relação ao progresso neste filme contém um ângulo pró-direitos civis, com uma citação feita no filme fazendo referência ao movimento dos direitos civis da época, quando Stoddard reage ao constrangimento de Pompeu por ter se esquecido da Proclamação de Emancipação, afirmando tranquilamente que muitos outros também se esqueceram. Este personagem é um arquétipo do homem ocidental, que ocorre raramente, trazendo a civilização com ele para as regiões remotas do país, domando a fronteira com um livro ao invés de uma arma.

Esses dois personagens possuem um forte contraste em suas visões de mundo, um vilão implacável chamado Liberty Valance [situado na cidade de Shinbone], um bêbado raivoso interpretado por Lee Marvin, está assassinando os agricultores para o bem dos fazendeiros em uma tentativa pessoal de atrasar o progresso. Enquanto ele obstrui o “progresso” de Ranson Stoddard, seus métodos excessivamente violentos e malignos não fazem dele um amigo de Tom Doniphon. Ambos querem livrar a cidade de Valance, mas eles têm métodos completamente contraditórios: para Stoddard o ideal é processar, para Doniphon a idéia é resolver o problema na bala. O filme tem um tom cômico e quase auto-satírico, exibindo um estilo negligente, que enfatiza as reações entre os dois protagonistas principais e como seus personagens diferem em opinião.

Uma cena hilária mostra o fazendeiro rústico interpretado por Wayne humilhar completamente o personagem de Stewart por sua incapacidade de usar uma arma. Ele o leva para sua fazenda e, em uma tentativa de simulação para treiná-lo, assusta Stoddard com truques extravagantes [porém inúteis] com a arma, simplesmente para mostrar o que ele está enfrentando.

No entanto, há um lado heróico em Doniphon, como ele é um dos últimos “mocinhos durões” remanescentes, e tem muitas batalhas com Valance que não resultam em trocas de tiro, mas causam um conflito de egos que ilumina a tela com a exuberância do que significa ser homem. Este filme marcou o surgimento desse tipo de personagem defensor da lei e da ordem, com The Man Who Shot Liberty Valance proporcionando o canto do cisne, permitindo que este arquétipo de personagem não caisse no ostracismo com o declínio do gênero do faroeste. O filme termina com a revelação de que Tom Doniphon tinha atirado em Valance para proteger Stoddard, mas não recebeu nenhum crédito por isso. Stoddard usa o seu crédito para se tornar um senador estadual, e mobiliza tempos de mudança e de progresso dentro da cidade de Shinbone. Não havia mais para onde desenvolver o arquétipo do defensor da lei e da ordem nos filmes de faroeste, então um terceiro arquétipo de herói entra em cena; mais corajoso, mais cruel, e com motivações atípicas ao gênero.

Doze anos após a saudação de despedida de John Ford, o faroeste americano tinha começado a diminuir em popularidade, com The Man Who Shot Liberty Valance em 1962 sendo apenas um dos cerca de 11 filmes de faroeste feitos.

Os faroestes com renegados foras-da-lei elevou novamente a popularidade do gênero em 1967 com os filmes de Sergio Leone — personagens violentos, ambíguos, conhecidos por matar à primeira vista e que só se importam com seu próprio ganho material, em grande parte como simples formas de entretenimento.

Josey Wales - O Fora da Lei (1976)
No entanto, de volta nos Estados Unidos, alguns filmes ainda tentam encontrar um contexto social com o qual trabalhar. The Outlaw Josey Wales é um filme que o próprio Clint Eastwood classifica como uma reação ao ponto de vista social da fase final da Guerra do Vietnã, usando a era de Reconstrução da América do pós-Guerra Civil e da insatisfação dos sulistas como alegoria para a hostilidade do público americano para com os veteranos do pós-Guerra do Vietnã [que não receberam boas vindas e nem sequer um obrigado pelos serviços prestados]. Nascido fora desta desconfiança social e política havia o anti-herói americano, encontrado principalmente em Filmes Noir, mas uma presença constante nos faroestes da época, como The Wild Bunch, dirigido em 1969 por Sam Peckinpah. E popuarizado em todo o mundo por Sergio Leone na “Trilogia dos Dólares.” Semelhante a um personagem criado com competência no primeiro grande filme de Eastwood, A Fistful of Dollars, dirigido por Sergio Leone, ele eleva o arquétipo do anti-herói em busca de vingança a outro patamar, Josey Wales foi concebido em uma história que mostra os maus-tratos a soldados em uma guerra que não foi acordada, usando o Oeste americano como um cenário de guerra a la Vietnã. Este herói era um homem feito, de poucas palavras, habilidades admiráveis, e relutante em fazer amizade com aqueles ao seu redor, pouco importando o quanto queiram sua companhia.

Isso traz a tona a revelação de um terceiro arquétipo masculino principal dos filmes de faroeste: o vingador que busca vingança contra alguém que o ofendeu — neste caso, os soldados ianques conhecido como pés vermelhos que massacraram sua família. O herói vai passar por muitos contratempos para obter seu objetivo, mas no final terá completado alguns feitos que inicialmente não se esperariam dele: como descobrir que ele está do mesmo lado das pessoas da cidade ou de pacifistas errantes que não têm a sede selvagem de sangue em seus próprios corações.

Nesse filme, o personagem de Eastwood, se associa a um punhado de personagens complexos, incluindo um Chefe indígena “reformado” interpretado por Chef Dan George, uma jovem índia que acidentalmente se vê em débito por ter sua vida salva por ele, e uma família de viajantes com que ele compartilha uma conexão silenciosa por ter matado um de seus parentes. Escoltando relutantemente, e cuspindo constantemente, Josey acolhe esse “bando” ao longo do caminho enquanto persegue sua vingança. O filme segue a tradição de sucessos como Butch Cassidy and the Sundance Kid, de 1969, que dava um destaque notório a inversão do padrão típico de filmes de faroeste, fazendo dos foras-da-lei os protagonistas principais. Transformando os homens ressentidos e desapontados de seu vínculo com o governo, e que procuravam se livrar disso, nos protagonistas a partir desse ponto em diante.

Ao longo do filme a uma transformação do personagem principal de um solitário singular e letal em um protetor da família e dos ideais, salvando a família no final do filme, que também ajuda-o em sua luta pela vingança. Ironicamente, isso leva ao início desta pesquisa. Josey Wales tem usado suas habilidades selvagens para reunir-se não só com a natureza, mas também com aqueles que o rodeiam, que necessitam de sua proteção, e que não temem a sua autoridade, porque ele é um indivíduo livre na grandiosa tradição ocidental. Os aspectos históricos deste trabalho cinematográfico como alegoria a uma desconfiança em relação ao governo da época, misturado com a necessidade de se fortalecer o núcleo familiar e se proteger das autoridades abusivas, como proclama Eastwood em uma introdução que ele criou, especialmente, para os telespectadores que fossem assistir o filme em DVD. Há um lado anti-autoritário em Wales que é implicitamente visível — ele quer ser conhecido como o personagem que se volta contra o governo, o qual ele não pode mais confiar.

Ao longo dos 55 anos de existência do faroeste, entre seus altos e baixos de popularidade, sua variedade de personagens e as diferentes fórmulas em suas tramas, este gênero de filme sempre foi uma fonte primária para a visão americana da masculinidade. Mesmo que se trate de um retorno à natureza, uma necessidade da violência, o desejo de talhar o próprio nome nas memórias daqueles ao seu redor como um protetor, aproveitador ou um assassino em série, esses filmes têm mostrado como os homens desses tempos estavam aptos a ser. A declaração de Ebert em 3:10 to Yuma prova ser exata: quando em tempos de um dilema moral, os homens jovens e velhos, das mais variadas profissões e cargos, vão olhar mais provavelmente para um personagem de virtuosismo austero para definir a sua própria atitude em relação a sua época. Fora isso, como demonstrado por esses filmes será criado um personagem que reflete esse período de tempo, que se realiza em um ambiente que se tornou a marca registrada dos ídolos americanos.

[*] Texto adaptado

Leia também: 
Interesses Feministas na Auto-Avaliação da Masculinidade
Misândria na Educação: A Histeria Estuprista Promovida por Diretoras e Professoras
Interesses Feministas na Auto-Avaliação da Masculinidade - See more at: http://direitarealista.blogspot.com.br/2014/05/interesses-feministas-na-auto-avaliacao.html#sthash.P3qzpOvy.dpuf

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Os filmes de ação dos anos 80, um legado da Era Ronald Reagan, se inspiram bastante nos personagens e tramas de filmes de faroeste, geralmente enfatizando a importância do indivíduo e seu papel crucial no mundo. O indivíduo tomar as rédeas de seu destino é uma mensagem poderosa e inspiradora, servir a um propósito e optar por seguir as próprias aspirações o leva a grandes feitos.

Em filmes como Rambo, Máquina Mortífera, Comando para Matar vemos nitidamente a importância do indivíduo e o que ele pode fazer pelo seu país. Indivíduos que superaram suas próprias dificuldades como pessoa e perseveraram como heróis. Os protagonistas geralmente têm como características mais marcantes o vigor, a virilidade, a perseverança e a assertividade.

Hoje as feministas movidas pelo delírio da ideologia de gênero atacam não só os referenciais de masculinidade dos filmes de faroeste [seja em artigos ou na promoção de filmes como Brockback Mountain] como também os de filmes de ação dos anos 80 não apenas por serem referência de masculinidade mas por representarem os ideais da Era Reagan, coisa que desejam apagar da história a qualquer custo.

Um comentário:

  1. Se forem fazer um filme de faroeste hoje, os pistoleiros serão todos boiolas e as mulheres patricinhas e o tiroteio será com balas de borracha, tudo politicamente correto. E o xerife será um homem negro muito moralista que servirá de modelo para os brancos simplórios.

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