É crença ortodoxa islãmica de que Maomé é o último profeta - mas esta
posição demorou muitos anos até se tornar ortodoxa visto que por
altura de Maomé existiam outras pessoas que também eles
alegavam terem sido comissionados com uma missão profética (o mesmo que
Maomé alegou de si). Esta é a lista de pessoas que alegaram ser
profetas essencialmente durante o mesmo período em que Maomé alegou ser
profeta:
Talhah bin Khuwailid Al-Asadi
Malik bin Nuwairah
Al-Mundhir bin An-Numan
Al-Yamamah Musailamah
Dhu At-Taj
Muhammad bin Abdullah
Laqit bin Malik Al-Azdi
Iyas bin Abdullah bin Abd Yalil
Al-Ashath bin Qais Al-Kindy
Qais bin Makshuh
Al-Aswad Al-Ansi -
(Fonte: Dr. Shawqi Abu Khalil, "Atlas on the Prophet’s Biography", Riyadh: Darussalam, 2003, p. 254)
Este "profetas" eram monoteístas e alguns eram conhecidos por terem alegado ter recebido de Deus palavras que eles ensinaram aos seus seguidores. Este é o contexto onde Maomé levou a cabo a sua actividade, mostrando que ele não estava sozinho.
Quando algumas das tribos Árabes "aceitaram" o islão, elas aceitaram Maomé como profeta, mas continuaram a manter que o seu próprio profeta era também ele enviado de Deus; isto significa que eles tinham pelo menos dois profetas. Isto leva-nos a notar como Maomé não era visto como o último profeta por parte destes muçulmanos primitivos.
De que forma é que a crença de que Maomé era o último profeta se tornou a visão ortodoxa?
Talhah bin Khuwailid Al-Asadi
Malik bin Nuwairah
Al-Mundhir bin An-Numan
Al-Yamamah Musailamah
Dhu At-Taj
Muhammad bin Abdullah
Laqit bin Malik Al-Azdi
Iyas bin Abdullah bin Abd Yalil
Al-Ashath bin Qais Al-Kindy
Qais bin Makshuh
Al-Aswad Al-Ansi -
(Fonte: Dr. Shawqi Abu Khalil, "Atlas on the Prophet’s Biography", Riyadh: Darussalam, 2003, p. 254)
Este "profetas" eram monoteístas e alguns eram conhecidos por terem alegado ter recebido de Deus palavras que eles ensinaram aos seus seguidores. Este é o contexto onde Maomé levou a cabo a sua actividade, mostrando que ele não estava sozinho.
Quando algumas das tribos Árabes "aceitaram" o islão, elas aceitaram Maomé como profeta, mas continuaram a manter que o seu próprio profeta era também ele enviado de Deus; isto significa que eles tinham pelo menos dois profetas. Isto leva-nos a notar como Maomé não era visto como o último profeta por parte destes muçulmanos primitivos.
De que forma é que a crença de que Maomé era o último profeta se tornou a visão ortodoxa?
Imediatamente
após a morte de Maomé, a situação que Abu Bakr enfrentou após assumir o
califado foi muito complicada. Muitas tribos abandonaram o islão e
recusaram-se a pagar o Zakat. Muitos falsos profetas por toda a Arábia,
e muitas pessoas, ofereceram-lhes alianças. O argumento que pesou para
o seu lado foi o de que um profeta vivo era preferível a um profeta
morto. (Prof. Masud ul Hasan, "History of Islam", 2002, vol. 1, p. 97)
E podemos ver portanto que depois da morte de Maomé, estes outros profetas continuaram com as suas actividades. A resposta de Abu Bakr foi a de declarar guerra a todos estes muçulmanos e uni-los todos em redor de Maomé - e só dele.
A norte de Medina encontrava-se a tribo de Asad, e eles seguiam um profeta com o nome de Talhah. Os seguidores de Maomé marcharam contra eles e derrotaram-nos em Buzakha. A tribo de Hanifa era liderada pelo profeta Musailamah. Os seguidores de Maomé lutaram de forma dura contra esta tribo e finalmente mataram Musailamah. Em Oman, Laquit b Malik era o profeta local. Foi enviado contra ele um exército, o que levou a que Laquit e 10,000 dos seus seguidores fossem mortos. No Iémen existia um profeta chamado Aswad Ansi, que tinha uma larga massa de apoiantes. O exército de Maomé derrotou-o e e matou-o.
Foi desta forma que Maomé se tornou no último profeta; os seus companheiros mais chegados mataram todos os outros profetas e forçaram estas tribos Árabes a converterem-se ao islão "oficial".
Reflexões e Aplicações
1. Não era universalmente reconhecido pelos muçulmanos primitivos que Maomé era o último profeta.
Esta crença demorou tempo até se estabelecer, e ela foi violentamente forçada sobre a comunidade islâmica primordial. Se estas distintas comunidades islâmicas tivessem tido a permissão para continuar a seguir os seus próprios profetas, então a sua crença de que Maomé não era o último profeta de Deus teria continuado até aos dias de hoje, e o islão teria sido totalmente distinto.
2. Maomé e os seus companheiros não introduziram o monoteísmo na Arábia mas ao matarem todos os outros profetas, introduziram o Maometanismo na região.
O islão destas comunidades iniciais que tinham outros profetas ao lado de Maomé, teve agora, que se conformar ao Maometanismo.
3.
A matança destes profetas, e o impedimento da continuação de material
parecido com o Alcorão que eles (os maometanos) podem ter destruído, é
evidência importante para o contexto do Alcorão de Maomé.
De que forma é que o que Maomé recitou se relacionava com o que estes outros profetas recitaram? Será que existia material comum entre eles? Será que algum desse material foi incluindo no Alcorão de Maomé ou era o Alcorão de Maomé totalmente diferente da revelação destes outros profetas?
É uma suposição dizer que não havia qualquer ligação entre eles e Maomé. Alegar que o que Maomé recitou era completamente único e distinto é alegar com base no silêncio, silêncio esse criado através do assassinato destes outros profetas e do término das suas palavras.
Logo, tudo o que pensamos do Alcorão tem que ser analisado à luz do seu contexto. Mesmo que não sejamos capazes de responder a certas questões em torno destes profetas e das suas palavras, podemos ao menos saber que as alegações islâmicas modernas nada mais são que suposições e argumentos com base no silêncio.
4. “Como Maomé se tornou no último profeta” seria
um bom título para um livro, visto existir bastante material nas
fontes islâmicas sobre as quais operar. Eu digo isto porque existem
alguns livros com títulos como "Como Jesus Se Tornou Deus", e os maometanos parecem gostar destes livros.
No entanto, os maometanos não podem afirmar que, como os Cristãos batalharam com a ideia do Senhor Jesus como Deus, isso significa que a Sua Divindade é uma invenção posterior. Será que os maometanos diriam o mesmo em torno da forma como Maomé se tornou no último profeta? Algumas questões demoram tempo até serem resolvidas.
O que interessa reter nesta discussão entre Cristãos e maometanos é que ambos devem aprender mais sobre a sua história e uma forma correcta e não depender de clichés e de exageros.
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