quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

A tragédia dos hospitais Sírios

As lutas que estão a ocorrer entre os rebeldes Sírios colocou em xeque a segurança dum hospital na cidade nortenha de Aleppo, forçando os médicos a esconder os pacientes à medida que os confrontos entre os islamitas e o "Free Syrian Army" aumentavam.

Uma fonte local, que pediu anonimato por medo de represálias, disse que, "Os médicos fazem o seu trabalho de uma forma neutra, cuidando dos feridos de ambos os lados."

À medida que os médicos tratam os feridos, os combatentes do FSA e do grupo ligado à al-Qaeda "Islamic State of Iraq and Syria", ou ISIS, lutam no exterior do hospital e planeiam atacar-se mutuamente no interior. Os confrontos chegam depois do FSA ter dado um ultimato de 24 horas ao ISIS para se render e abandonar o país, e depois de ter prendido 200 membros ligados ao grupo com conexões com a al-Qaeda. O porta-voz do FSA, Loauy Mokdad, disse o seguinte à CNN:

Repetimos que não queremos combatentes estrangeiros na Síria. Não queremos grupos terroristas na Síria, e nós não deixaremos que eles façam bases na Síria.

Durante alguns meses, os grupos mantiveram uma aliança nervosa à medida que lutavam para derrubar o governo do Presidente Bashar al-Assad. Mas agora, as lutas entre ambos os grupos ameaça alterar o equilíbrio entre as forças rebeldes em favor dos grupos militantes e para longe dos grupos mais seculares.

O FSA acusou o ISIS de matar oficiais do FSA e de cometer crimes contra civis. Mokdad afirma:

Depois de seis meses a tentar raptar a nossa revolução e depois de terem controlado algumas zonas libertadas e depois de terem começado a forçar o nosso povo a agir como se estivessemos num estado islâmico, lançamos o aviso de que isso é algo inaceitável para nós.

O ISIS emitiu o seu próprio ultimato no Sábado, dando 24 horas aos membros do FSA para libertar os prisioneiros, ou então eles irão abandonar os seus pontos de comando comuns em Aleppo.

Entretanto, segundo uma fonte, o tempo está a escoar-se para os hospitais de áreas afligidas pela violência, onde o combustível necessário para os geradores e para as ambulâncias está escasso, e pode acabar no espaço de dias. A mesma fonte acrescenta que os médicos enfrentam perigos por todos os lados, e que as forças governamentais estão a ganhar vantagem em três lados da cidade.

A equipa médica em Aleppo será vitimizada pelo ISIS se este grupo vier a saber que o hospital está a tratar pacientes do FSA, e pelo FSA se eles souberem que os feridos do ISIS estão a receber ajuda médica, e pelos ataques aéreos do regime se eles souberem que a equipa médica trata membros de ambos os grupos.

Fonte

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