Muito
antes do surgimento do debate a respeito do casamento homossexual,
existia um debate a respeito do casamento, que iniciou um “movimento
conjugal” para explicar o porque dessa instituição fez bem tanto
para o homem quanto para a mulher que eram devotos às suas
responsabilidades e para os filhos que eles criaram. Ao longo da
última década, uma nova questão emergiu: O que a sociedade tem a
perder com a modificação do casamento, que exclui a
complementariedade sexual?
Muitos
cidadãos são cada vez mais tentados a pensar que o casamento é uma
união que se resume à intensidade emocional, incluindo toda a sorte
de relacionamentos interpessoais consentidos envolvendo adultos,
mesmo entre 2 ou 10 pessoas. Em outras palavras, o que cada um
escolher—sexual ou platônico, sexualmente exclusivo ou aberto,
temporário ou permanente.
Este
cenário deixa o casamento sem suas caraterísticas essenciais, sem
um âmago definido como uma realidade social, se tornando
simplesmente o que adultos anuentes querem que ele seja.
Ainda
que o casamento não possua uma forma e não sirva a um propósito
social, como a sociedade protegerá as necessidades das crianças—
as principais vítimas da nossa cultura sexual não-conjugal— sem
um governo progressivamente mais
invasivo e mais
caro?
O
casamento existe para conduzir um homem e uma mulher juntos como
marido e esposa para serem pai e mãe de quaisquer crianças que sua
união produza. O casamento beneficia a todos pois a separação
entre a criação e educação das crianças e a união conjugal
sobrecarrega espectadores inocentes: não apenas as crianças, mas
toda a comunidade. Sem casamentos saudáveis, a sociedade
frequentemente precisa intervir (mais ou menos diretamente) para
prover o bem-estar e a educação das crianças. Portanto, ao
incentivar as normas conjugais de monogamia, exclusividade sexual e
continuidade, o Estado está fortalecendo a sociedade civil e
reduzindo sua própria função.
O
governo reconhece o casamento porque este é uma instituição que
beneficia a sociedade de uma forma que nenhum outro tipo de
relacionamento ou instituição faz. O casamento é o meio menos
restritivo que a sociedade possui para assegurar o bem-estar das
crianças. O reconhecimento do casamento pelo Estado protege as
crianças ao estimular homens e mulheres a se comprometer um com o
outro e a se responsabilizar por seus filhos.
Fomentar
o casamento não exclui nenhum outro tipo de relacionamento: adultos
são livres para fazer suas escolhas amorosas, e eles não precisam
de sanções governamentais ou licenças para fazê-las. Todos os
americanos possuem a liberdade para viver da forma que escolherem,
mas ninguém tem o direito redefinir o significado do casamento para
os demais.
O
futuro deste país depende do futuro do casamento, e o futuro do
casamento depende do entendimento dos cidadãos acerca dessa questão
e do porque ela é importante, para que eles exijam do governo apoio
político, e não subjugação, do verdadeiro casamento.
Alguns
podem recorrer ao argumento da inevitabilidade histórica como uma
razão para não ter que responder o questionamento sobre o que o
casamento é - como se essa fosse uma questão já discutida. No
entanto, mudanças na opinião pública são movidas pelas escolhas
humanas, e não por forças históricas e cegas. Não se trata do que
acontecerá, e sim do que devemos fazer.
—Ryan
T. Anderson is
William E. Simon Fellow in Religion and a Free Society in the Richard
and Helen DeVos Center for Religion and Civil Society at The Heritage
Foundation
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